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Programação Teóricas Gestão

PROGRAMAÇÃO DAS AULAS TEÓRICAS

A programação das aulas teóricas é desenvolvida na perspectiva de 12 semanas úteis de aulas, isto é, de 12 grupos de 2 aulas semanais de 50 minutos cada. A programação das aulas teóricas considera, também, uma função de organização dos ritmos de trabalho da disciplina em articulação com o desenvolvimento das aulas práticas. As 24 aulas teóricas previstas são organizadas, neste quadro, em torno dos seguintes 12 temas:

1.        A crise económica e financeira actual: características e impactos para a economia mundial, europeia e portuguesa

[A sucessão de problemas no mercado real - a pressão sobre os recursos naturais e não renováveis, a aceleração da inflação, o aprofundamento da diferenciação dos ritmos de crescimento à escala mundial - no mercado monetário e financeiro - a desvalorização do dólar e a apreciação do euro, a crise dos créditos de maior risco e das instituições financeiras mais expostas e o colapso das bolsas - e no mercado de trabalho - o forte aumento do desemprego e a pressão sobre os níveis de protecção social. As intervenções públicas para fazer face à crise e o novo protagonismo da "política económica".

Que causas para a crise? Que papel e relevância para a política económica na "saída" da crise?]

2.        A crise resultará da aceleração da globalização?

[Internacionalização e globalização. A globalização e a sua aceleração nas duas últimas décadas. As transformações do comércio e do investimento internacional. A internacionalização da produção e distribuição de bens e serviços. A afirmação das grandes economias emergentes. O alargamento da União Europeia. As flutuações do comércio internacional.

Pode e deve a globalização ser "regulada"? Que responsabilidades podem ser apontadas à globalização na presente crise?]

3.        A crise resultará de problemas nos mercados originados em comportamentos empresariais inadequados?

[Os problemas surgidos nos diferentes mercados nos últimos dois anos e meio são novos ou antigos? A incerteza e os comportamentos dos agentes económicos. Empresas, mercados e concorrência. Acesso à informação e aos factores produtivos. Externalidades e custos de transacção. Assimetrias, imperfeições e poder económico. As "falhas de mercado". A diferença entre falhas ao nível microeconómico e ao nível macroeconómico.

As "falhas de mercado" são evitáveis? As flutuações cíclicas das economias de mercado exigem formas permanentes de regulação da concorrência e dos mercados?]

4.        A crise actual resultará de acções ou omissões dos poderes públicos e/ou de uma dimensão quantitativa e qualitativa inadequada do sector público?

[As grandes funções do Estado (afectação, estabilização e redistribuição). Intervenção económica do Estado e política económica. Democracia e mercado: as interacções entre política e economia. Governo económico regional, nacional e supranacional. Envelhecimento da população e sustentabilidade ambiental: novas pressões sobre os orçamentos públicos e o respectivo equilíbrio.

Os governos conseguem enfrentar adequadamente a inflação, o desemprego, o crescimento económico e os desequilíbrios externos ou converteram-se, eles próprios, num factor de instabilidade e crise? Terá o sector público ganho um peso económico e social excessivo?]

5.        A crise actual e as crises anteriores: recorrências ou novidades relevantes?

[A grande crise de 1929-33, as crises dos últimos sessenta anos e a crise actual. Crises de regulação e crises reguladoras. Crises conjunturais e estruturais. Keynesianismo e monetarismo. Intervencionismo e liberalismo. Microeconomia e macroeconomia. Consequências da globalização dos mercados sobre a eficácia das acções dos poderes públicos.

A saída da presente crise pode ser alcançada com base em respostas já experimentadas? Ou exige novas acções da política económica e mudanças substanciais no regime económico?]

6.        Conhecer e compreender o crescimento económico: os grandes factos, modelos e factores

[As grandes realizações e tendências do crescimento económico. O desempenho das principais economias à escala mundial e das principais regiões à escala europeia. Os factores produtivos: capital e trabalho? Capital físico (infra-estruturas, equipamentos e utilização das tecnologias de informação e comunicação) e capital humano (educação, competências e organização). Os grandes modelos explicativos: crescimento exógeno e crescimento endógeno; crescimento extensivo e crescimento intensivo. A noção de produto potencial e a articulação entre regulação e desenvolvimento. A inovação e o progresso tecnológico como fontes de crescimento económico.

Existe uma tendência de convergência económica entre regiões e países? Que pode e deve fazer a política económica para promover o crescimento sustentado?]

7.        A produtividade: dinâmicas, medidas e indicadores

[A dinâmica de longo prazo das grandes actividades económicas: crescimento, emprego e produtividade. O conceito de produtividade. Produtividade e valor acrescentado. As medidas da produtividade: produtividade aparente e produtividade multi-factorial; produtividade física e produtividade em valor. A comparação internacional da produtividade global e horária do trabalho.

Por que será a produtividade tão importante para a criação sustentável de emprego? A produtividade será afinal a melhor medida da eficiência das actividades económicas? Que podem e devem fazer as políticas públicas para promover activamente a produtividade das empresas?]

8.        A competitividade e o desenvolvimento das empresas e dos territórios

[Competitividade das nações, das regiões e das empresas. O conceito de competitividade: competitividade custo e não-custo; factores estáticos e dinâmicos; factores básicos e avançados; dimensões materiais e imateriais. Os fundamentos microeconómicos e macroeconómicos da competitividade. As medidas e indicadores de competitividade. A taxa de câmbio real como indicador macroeconómico de competitividade numa economia mundial globalizada]

Por que terá ganho a competitividade um papel tão relevante não só na vida das empresas como nas estratégias dos territórios (cidades, regiões, nações e blocos regionais supranacionais)? A competitividade mede-se num horizonte de curto ou médio e longo prazo? Que instrumentos têm os governos ao seu dispor para promover a competitividade?]

9.        A relevância da política macroeconómica para a actividade empresarial

[A conjuntura económica e a referência do "quadrado mágico" da política macroeconómica: crescimento, emprego, inflação e equilíbrio externo. A evolução das definições de política económica. Fins e Meios, objectivos e instrumentos, metas e medidas. Regras vs. medidas discricionárias Políticas de regulação conjuntural e políticas de ajustamento estrutural.

O desempenho competitivo das empresas estará cada vez mais dependente da envolvente dominada pela condução das políticas económicas?]

10.      A fundamentação metodológica, teórica e técnica da política económica

[Os principais Instrumentos, objectivos e mecanismos de transmissão. A fundamentação da política económica através de modelos. Um modelo de política económica em economia aberta. A utilização de modelo: aspectos previsionais e decisionais.

As empresas devem prestar mais atenção à evolução das conjunturas económicas e aos desequilíbrios macroeconómicos, internos e externos?]

11.      As políticas macroeconómicas de regulação conjuntural

[As grandes políticas macroeconómicas. O papel da política orçamental e fiscal na estabilização, no crescimento e no emprego. O papel da política monetária e cambial nos equilíbrios interno e externo e na competitividade As políticas macroeconómicas no quadro da UEM.

As características da zona euro, nomeadamente a disciplina do Pacto de Estabilidade e Crescimento e o mandato do BCE na condução da política monetária europeia obrigam a ajustamentos estruturais no mundo das empresas?]

12.      As políticas económicas de suporte ao desenvolvimento empresarial

[As políticas microeconómicas. Políticas verticais e horizontais. O referencial da Estratégia de Lisboa renovada para as políticas microeconómicas na União Europeia. As políticas de estímulo à inovação e desenvolvimento tecnológico. A política de concorrência e a consolidação do grande mercado interno europeu.

Que podem e devem fazer as políticas públicas de suporte ao desenvolvimento empresarial?]